Por que a porção de amor que o outro tem a nos
oferecer nunca parece ser o suficiente? Só sabemos cobrar, reclamar, vociferar,
porque julgamos pouco o sentimento demonstrado, sem pensar em quanto pode
custar aquele pouco. Sem imaginar que aquele pouco pode ser o seu limite. Que o
aparente descaso pode ser um tremendo esforço. E a gente sabe. No fundo, a
gente sabe quando é amado ou não. E sabe que não existe amor pela metade. Ou é
de todo coração ou é outra coisa qualquer. A gente reconhece o amor, mas adora
sabotá-lo, com a nossa arrogância, aspereza, despreparo. E coloca a culpa no outro do assassinato que nós
cometemos, com ou sem cúmplice.
domingo, 23 de outubro de 2016
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Agora você pode fazer o que quiser
– Quantos aninhos você tem?
– O que quer ser quando crescer?
– Tem tirado boas notas?
– E os namoradinhos?
– Já escolheu a faculdade?
– Já se formou?
– Está trabalhando em quê?
– Quando vocês vão casar?
– Não têm vontade de ter filhos?
– Quantos aninhos ele tem?
– Ele não pede irmãozinho?
– Quando vai vir o segundo?
– Ele já anda? Já fala?
– Como está no colégio?
– Ele vai pra qual faculdade?
– Quando é o casamento?
– E vocês não querem ter netos?
– Agora, depois da aposentadoria, com os filhos crescidos e a vida estabilizada, você pode fazer o que quiser da sua vida, não é mesmo?
– O que quer ser quando crescer?
– Tem tirado boas notas?
– E os namoradinhos?
– Já escolheu a faculdade?
– Já se formou?
– Está trabalhando em quê?
– Quando vocês vão casar?
– Não têm vontade de ter filhos?
– Quantos aninhos ele tem?
– Ele não pede irmãozinho?
– Quando vai vir o segundo?
– Ele já anda? Já fala?
– Como está no colégio?
– Ele vai pra qual faculdade?
– Quando é o casamento?
– E vocês não querem ter netos?
– Agora, depois da aposentadoria, com os filhos crescidos e a vida estabilizada, você pode fazer o que quiser da sua vida, não é mesmo?
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